Hoje, vamos começar a falar de ELÉTRICA, primeiro do ATERRAMENTO.
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O aterramento elétrico é uma técnica de segurança que tem como objetivo principal proteger as pessoas de choques elétricos e garantir o funcionamento adequado dos equipamentos elétricos, desviando possíveis correntes de falha para a terra.
Isso é feito conectando-se a parte metálica não energizada dos equipamentos elétricos ao solo, através de um condutor elétrico (fio ou barra de aterramento).
O tema “aterramento” é um dos mais importantes no que diz respeito a instalações elétricas, sendo abordado detalhadamente nas normas ABNT NBR 5410:2004 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) e ABNT NBR 5419:2015 (SPDA), entre outras.
O aterramento está relacionado com a segurança em instalações elétricas (aterramento de proteção) e potencial de referência para sistemas eletrônicos (terra funcional).
Do ponto de vista da NR-10, que é uma norma relacionada à segurança do trabalho, é um dos tópicos mais importantes na adequação de instalações elétricas mais antigas, visando garantir a segurança dos usuários diretos e indiretos de sistemas elétricos.
A norma ABNT NBR 5410:2004 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) define em sua seção 4.2.2.2 os seguintes esquemas de aterramento para instalações elétricas de baixa tensão:
👉 TN-S
👉 TN-C
👉 TN-C-S
👉 TT
👉 IT
A figura 1, a seguir, ilustra o esquema TN-S, também conhecido como esquema a 5 fios, sendo o neutro e o terra pontos separados. O terra é chamado na norma ABNT NBR 5410:2004 de PE (protection earth).
O esquema TN-C, conhecido como esquema a 4 fios é aquele onde o neutro e condutor de proteção são o mesmo condutor, que recebe da norma ABNT NBR 5410:2004 o nome de PEN.
Existe uma variação chamada de TN-C-S, ou seja, em parte da instalação o neutro e o PE são separados e em outra parte são conjuntos, sendo proibido pela norma ABNT NBR 5410:2004 tornar a religar o neutro ao terra, após a separação entre eles.
No esquema TT o aterramento das carcaças metálicas é feito diretamente na malha de terra mais próxima, sem a utilização de condutores de proteção, conforme ilustrado na figura 3.
De todos os esquemas é o mais econômico, mas é o mais perigoso, pois não possui condutores de proteção, sendo usado em subestações para aterrar as carcaças de disjuntores e seccionadoras de alta tensão, entre outros tipos de equipamentos.
O esquema IT, mostrado na figura 4, é aquele onde o neutro do transformador não está aterrado ou está aterrado com uma impedância elevada, de tal maneira que a corrente de falta à terra seja muito pequena e assim não é necessário interromper o funcionamento do sistema.
Este esquema só é utilizado em situações onde o desligamento do sistema gere problemas muito graves, como por exemplo:
👉 Hospitais, onde o desligamento pode matar pacientes
👉 Processos industriais que não podem parar
👉 Fornos a arco
Em artigos futuros cada esquema será abordado mais detalhadamente.
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