Na postagem anterior, sobre o Conceito e Objetivos da Manutenção, nós falávamos sobre a definição de manutenção e para que ela existe.
Agora iremos aprofundar um pouco sobre esse conceitos.
De um modo geral, as atividades de manutenção podem ser divididas em dois tipos de serviços, os serviços de rotina e os serviços periódicos.
Entendemos por serviços de rotina, as atividades mais superficiais como a inspeção e a verificação das condições técnicas das unidades das máquinas. Dentro dessas atividades, podemos citar, por exemplo, a detecção e verificação dos sistemas de lubrificação ou a constatação de falhas de ajustes.
Esses serviços de rotina, não requerem pessoal especializado para a sua execução e, normalmente, são executados pelo próprio usuário ou operador da máquina, principalmente, se a empresa coloca em prática os princípios da Manutenção Autônoma inseridos dentro da TPM (Total Productive Maintenance) que iremos abordar em maior profundidade em artigos futuros.
É frequente encontrarmos nas instruções de uso do equipamento, boa parte das atividades de rotina, que o operador deve executar todos os dias antes de ligar ou desligar o equipamento, tornando-as uma rotina, de fato.
Já, por serviços periódicos, entendemos com aquelas atividades ou procedimentos que visam manter a máquina e equipamentos em perfeito estado de funcionamento.
Podemos citar atividades, tais como:
Monitorar as partes da máquina sujeitas aos maiores desgastes. Em um empilhadeira, a verificação das pastilhas de freio podem ser um exemplo dessa atividade.
Ajustar ou trocar componentes em períodos predeterminados. Em bombas centrífugas gaxetadas, o aperto frequente das gaxetas em campo exemplificam bem esse tipo de ação.
Exames dos componentes antes do término de suas garantias, evitando assim custos de manutenção não previstos.
Replanejar o programa de prevenção, ajustando os casos em que o equipamento falhou antes da hora.
Testar componentes elétricos, evitando paradas não planejadas.
Os serviços periódicos são feitos, de preferência, em paradas programadas. Nas indústrias de produção contínua como automobilística ou químicas, são feitas paradas gerais, onde toda a indústria paralisa suas atividades de alguns dias até semanas.
Essas paradas são, frequentemente, muito estressantes, tanto para as equipes de manutenção quanto para os fornecedores de peças e/ou serviço.
É comum, acontecer demissões, quando a parada se prolonga para além do período previsto.
Algumas manutenções podem ser feitas em situações atípicas, como por exemplo, a "greve dos caminhoneiros" de 2018 que provocou a parada de diversas empresas, por falta de matéria prima ou insumos.
Se o serviço a ser executado for de curta duração, pode-se aproveitar a mudança de turno, o período noturno ou os fins de semana. Exemplo dessa técnica é o Metrô de São Paulo, que executa suas manutenções nas madrugadas.
Quando um equipamento falha antes do esperado, um atendimento emergencial é necessário e temos um exemplo de manutenção corretiva, que iremos abordar em mais detalhes em outro artigo.
Importante salientar dizer que o acompanhamento e o registro do estado da máquina e dos reparos executados é fundamental para a elaboração e correção de um programa de manutenção.
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Então:
Abordamos esse assunto no vídeo abaixo:
Escrito por: Micelli Camargo
Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI desde 2005
MBA Executivo em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas – FGV em 2016
Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Uniderp em 2010
Engenheiro de vendas e aplicações com 13 anos de experiência em vendas técnicas, sendo os últimos 07 anos na pela John Crane, multinacional do seguimento de Vedações Industriais, além de atuar como professor e produtor de vídeo-aulas, artigos e cursos relacionados à engenharia em Cursos Engenharia e Cia.
Atualmente coordenador da divisão técnica de Manutenção do Instituto de Engenharia.